quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz natal pra você

Me perguntou porque de eu estar tão triste:
A tristesa as vezes não tem razão.
Sem motivo, só tristesa. Tristesa e ponto.
Seria esse o natal mais triste de todos os natais tristes.
Seria esse o natal mais só de todos os natais solitarios.
Mesmo com tanta festa, mesmo com tanta gente.
Mais não era a solidão o motivo.
Era a tristesa mesmo que vinha do nada.
De algum buraco negro de algum lugar.
Meu cão esfrega nas minhas pernas e pede carinho.
O natal pra ele também está sendo triste.
Também está sendo só.
Vou dar atenção pra ele.
E pra você.
Ahhh vamos ver....
Pra você, FELIZ NATAL PRA VOCÊ.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dentes postiços

Ei!!! Você... é você mesmo... pare, sente e reflita:
Assim como disseram os astronautas de Saturno, que um dia se sentiram encurralados por seus espíritos inquietos, cansados demais pra criarem, contra si mesmos, fantasmas tão fortes quanto os que a eles perseguiam, digo também h0je essa tão sensata proprosição: "Nada diga àqueles que nada escutam!"...
Por todos aqueles que viajaram pelas vias anárias de Zungstenía e atravessaram barreiras ditas instranponíveis, por todos que um dia sonharam alcançar os anéis de guamuttitéia, é, aqueles que de tanto tempo lá, enraizaram-se nos dedos de Amuseriasdia do norte, por todos esses digo, com o peito flamejante de um guerreiro esquecido pelo tempo: "Todo sonho só é sonho se não considerado digno de se tornar real!"
Ainda que pareça um mísero lapso nostálgico, mesmo que pra alguns palavras ditas sem sentido, são vãs manifestações de tédio reprimido, mesmo assim, me ajoelho perante a mim mesmo e escuto minhas próprias admoestações. Pois, se não consigo lidar nem comigo mesmo, como enfrentar tamanha complexidade, que se me apresenta com o singelo nome de "Mundo"?
Sim. O retorno traz consigo o sopro das primeiras vezes, a vida impregnada no primeiro impacto, a emoção de descobrir que tentar é o melhor caminho pra se descobrir, traz, antes de tudo, as naturais forças que de dentro do espírito brotam, num orgasmo tão puro, que parece estar desde sempre esperando pacientemente que se entenda, apenas se entenda.
Ei... Aonde vai? Por que, depois de tão lindas palavras se distancia de mim?
Não te agradam minhas indagações? Meus pensamentos?
Tudo bem... Era de se esperar...
Por que me engano?
Sei que escutar problemas alheios, pode distanciar-te de escutar os seus.
Vá... viva... É tudo que te resta!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Poesia curlta

Ei! alma sã
Prima de satã
Vestida de palavras e auto-estima

Ei! vítima do ego
Feito o elo, vencido pelo prego
Você acende mais do que ilumina

Ei! poeta de aparências
que culpa o incerto se o provável declina,
Ei! poeta de aparências
prefiro as prosas do que suas rimas

Fé da puta

Enquanto cozinhava meus pés em banho-maria sentia o mercúrio subir à minha cabeça e dizer com um sorriso agradável no rosto: "Olá, sou um elefante vermelho na puberdade!", mas essa não era a parte estranha, pode parecer estranho, mas não era, ainda é, como disse? Me esquivei em algum momento e isso realmente causou um impacto anti-gravitacional nas minhas vontades... tendências contemporâneas já não me fazem a cabeça, os inesquecívelmente incomodos ciclos de quatro anos voltaram, eles sempre voltam, e sempre me encontram onde quer que eu esteja, ou ache que esteja.

Meu maior inimigo é realmente aquilo do que mais me orgulho? será que somente encontrarei a estrada certa quando me abster do que chamo minha realidade? afinal, felicidade é alienação? ou alienação é fugir da felicidade assim como Deus foge das obrigações? acho que sou menor que meus anseios, minhas vitórias são fúteis, egoístas e sem sentido. Onde está o sentido das coisas, aquilo que não me fazia falta quando criança, aquilo do que sempre fugi, hoje me golpeia, eternamente, hoje...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Distorções

Os humanos distorcem todos os verbos e adjetivos que poderiam os tornar deuses astronautas de outros mundos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Falta de foco

Por que o feminismo nem sempre é feminista, sendo que o machismo é sempre considerado machista. A questão é subjetiva e não envolve lógica proposicional, considere uma esfera biodegradável, se um lado se mostra podre, ele oculta, inevitavelmente, um outro lado podre, ou não. Agora considere-se podre, tente se esconder dando uma volta em sentido tanto-faz horário em torno de seu Greenwich imaginário, talvez consiga... mas o mais provável é que te acusem de algo podre e dissimulado enganador de criancinhas e avós indefesas. A percepção não é o que nos engana, nós nos enganamos por usar experiências como premissas em julgamentos que levarão a conclusões futuras e consequentemente, prováveis erros. Por isso alguns conseguem ganhar apenas por estarem do lado contrário, negando tudo, desacreditando em nada e em tudo, tudo ao mesmo tempo, e desacreditando no tempo e se questionando sobre a profundidade de sua descrença e esperando por algo... E enquanto espera o tempo passar, percebe que só quem passa é a fome, a fome de tudo, e vai... contra quantos "eus" terei que lutar, uma esfera não tem lados!!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ao amigo agora distante que preferiu outro caminho senão aquele do amor

Dessa vez elas viriam como a morte, arrancando de nós de forma brusca os amigos.
As esperanças verdes nunca findam, infelizmente aos poucos vão se extinguindo.
De fato arrastaram tantos pra zonas abissais.
Os humanos são mesmo uns escravos de si.
Lastimável.
Paixões e vícios atormentam tanto.
O ditado sempre esteve correto, a carne realmente é fraca, resistir é muito tentador.
Findar vícios e paixões é complicado, é preciso disciplina. Repito: disciplina.
Questionarão-me: Porque está escrevendo isso, porque me desapegar das minhas paixões e vícios?
Direi: Disse um dia que quereis ser melhor, como o ser em tamanho desequilíbrio e tão ligado às paixões e aos vícios?
Ainda direi: Ainda não percebeis o quanto lhe quero bem, não entendeste ainda o significado da palavra amigo e quão importante é essa irmandade?
De alma inteira somos em todo pensamentos, e nossos pensamentos nos orientam, porque não entrar em uma outra sintonia?
Parece que não existe mais o amor, eu sei que você ainda o tem nesse peito latente.
Só dessa vez não vou ter medo de perder.
Elas já haviam me vencido desde o seu primeiro trago.

Diante dessa perca
Roguei a qualquer força
Orei aos céus
Gotas de entendimento
A fim de te salvar, as esperanças se extinguem e parece que só vai restar
Saudade.

sábado, 8 de novembro de 2008

Por que não?

Postarei hoje...
Porém com a barriga derretida, cheia de azeitonas de preço inestimável, dando-lhe um sabor incomparável.
Quero pagar, agora, o preço por ter dito que nunca enfiaria a mão no bolso.
Pois, mesmo furado, comporta ainda, riquezas às vezes parecidas com ouro achado nas minas escondidas no fundo do mar, lá, onde as placas se encontram e numa estranha "almanaka"( lugar onde os povos andarilhos dos desertos arábicos se reuniam pra pôr as conversas em dia) fazem estremecer a mais sólida das construçôes macaco-humanas.
Mesmo assim, com excêntrica razão, pretendo parar de culpar as formigas por fazerem o "trabalho"( palavra derivada do latim Tripalhium - instrumento de tortura utilizado nos vencidos, pelos povos vencedores)delas, porquanto apenas tentam não perder para os que sempre ganham...
Macacos, formigas, tanto faz. Falar deles também. Por que não,
Se se é humano, num mundo cheio deles!?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sonhos

Há sonhos que são possíveis,
Há sonhos que não o são,
Há sonhos que são dilemas,
Dilemas sem solução.

Há sonhos que são perdidos,
No véu da obscuridade,
Há sonhos obscurecidos,
No breu da mediocridade.

Há sonhos de toda casta,
Há sonhos que saem à toa,
Pois, pensam que o sonho basta.


Por Helio Baragatti Neto

Aqueles que tiveram o azar de perder quem julgavam ser o amor de suas vidas.

Amores vêm
E vãos,
Se vão,
Mas, não,
Nem vêem
Se vão,
Ou não,
Ao vão,
Da desilusão.


Por Helio Baragatti Neto

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eu Suborno

Subornando a natureza, pegarei tudo que tenho e trocarei pela chuva magnífica.
Nem quero saber o que ela faria com meus pertences todos, pagando pela chuva quero chuva.
Novas sementes de esperança hão de brotar, então o tudo mais vai crescer e florescer e dar frutos.
A água moverá turbinas e a energia gerada proverá lucros.
Hei novamente em um ato de suborno comprar mais chuva.
E em desnexo sintônico o céu chorará de alegria.
Eu sei, novamente o ciclo se repete... AHAM...
A esperança denovo brota e tudo se nos renova.
Naquele tom índigo novos olhos se abrirão.
Velando,velando.
Nossas mãos formigarão, encontrarão a dormência rapidamente e então entenderemos o sentido da vida.
Saberão no entanto todas as nossas fraquezas.
Nos irão atazanar.
Atacarão de todos os lados.
Dirão: É castigo de Deus.
Nunca entenderão.
Muitos cairão por terra, os FORTES hão de receber a Glória.
Tia Gloria então fará deliciosos pães de queijo e um café quentinho.
E no elogio subornístico que a alegrará, no dia seguinte novamente nos alimentará.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sim, nós temos bananas!

Sempre me arrependo de coisas que não fiz, e isso acontece em diferentes escalas dentro de minha cabeça/vida/mundo/universo, por muito tempo vem acontecendo e parece querer continuar infinitamente (decidi não morrer nessa vida atual/estranha/confusa), alguns chamam isso de "burrice", soubessem eles o que eu quase ainda já não sei, chamariam assim como eu de "chimbreas".

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Comi demais...

Foram duas pamonhas, 600ml de soda limonada.
Depois ela veio me perguntar:
O que seria preciso pra conquistar um homem...
E o que seria preciso pra conquistar uma mulher...
Como elas pensam nisso! Parece a maior preocupação, é incrivel!
Disse pra ela que um belo par de seios e uma bunda impinada quase que resolvia tudo, mas que se fosse também uma compahia agrádavel valeria à pena...
E a respeito da conquista de uma mulher, disse que as mulheres precisam de atenção, de serem ouvidas, de cavalheirismo e de um bom papo...
Ela gostou da resposta, mais e dai?
Cara eu tinha comido demais, tava esplodindo.
Me toquei que elas pensam muito nisso e que 80% de todas elas quando acham o assunto agradavel ele sempre está relacionado à mesma questão...
A loucura realmente é mais agradável, felizmente sou daqueles otimistas sempre crendo que tudo vai dar certo, que a lei da atração funciona...
Pura tolice, ou talvez funcione mesmo sei lá....
Só sei que as mulheres,as mulheres meu cumpadi... eta povim que dá trabalho...
Mais agora é hora de ir pro banheiro porque sinceramente:
Comi Demais

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O por que das saudades

Estranhas saudades, o que é nostalgia, o que é solidão?
A imagem que voa livremente decide estar em outro lugar
Um lugar não tão distante, mas inalcançavel
Um lugar que um dia também foi triste, hoje não é nada,
Mas é belo, nas lembranças.

Fotos de um dia qualquer, e já se passaram alguns anos
Desde que essas mesmas idéias se tornaram inquilinas
Elas se fazem perceber, notáveis e boas pagadoras
Dos sonhos que se foram, a distração me fez esquecer
Mas quando, à noite, o silêncio inicia a conversa, escuto
O eco calejado de um grito que não é mais tão convicto,
Um grito velho e aprisionado.

Maldita cabeça que não pensa nada agradável,
Malditos tormentos infantis e poderosos,
Maldita boca sempre fechada
Malditos poetas e suas belas palavras
Enganadores...

Chore por seu passado idiota,
Pelo presente não recebido,
E pelo futuro que não chegará.
Seja feliz, mesmo sendo pessimista
Seja livre.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um x-bacon, por favor

Alguém disse, morto vivo, outro disse, um cara estranho,
sem antes tentar descobrir o porque das mudanças bruscas de assunto.
Não estava se esquivando, mas por assim parecer, alguns disseram, idiota!,
e realmente parecia idiota, mas a opção torna a loucura admirável, ou não?
Não, ele é mesmo um idiota daqueles bem idiotas, pois foi assim que disseram, por que discutir?...

Alguém disse que ele não sabe o que quer, outros disseram, indeciso até os ossos, poucos disseram, "um x-bacon por favor", o que é até um pouco sensato visto que ele não trabalhava lá, estava apenas observando para fazer igual quando chegasse em casa - alguns perceberam a falta do uniforme, outros preferiram fazer o pedido ao vira-lata que entrou em busca de janta. Humanos! Realmente bem humanos às vezes...

Sinceramente, o melhor é não ter certeza de nada, quem você é?, o que quer ser? por que ser? por que tentar?
Alguns são felizes fazendo sanduíches em um planeta distante, outros preferem sentar e esperar para assistir ao fim de tudo - 4 vezes seguidas, no mínimo -, mas afinal, existe alguém errado?

Me disseram que sim, mas já me disseram muitas coisas, muitas delas estavam
escritas em algum lugar "positivamente mórbido", dos quais não frequento.
Pessoas sempre dizem coisas, existem mais bocas do que cérebros nesse pequeno e pálido ponto azul! "Um x-bacon por favor!"

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Orbital – Mente

Triplos, contratempos repentinos e eternos.
Distorções, graves jargões.
Timbres que corrompem cristais.
Harmônicos que ensurdecem Leões.

O couro forte dos tambores.
A madeira envelhecida por 19 anos.
Palavras claras, mas pesadas.
A água ainda jorra pelos canos.

Todo objeto é igual a si mesmo.
O óbvio ainda não é bom e não satisfaz.
O desnexo sim, porque ele acompanha os pensamentos.
E é mais presente que o óbvio.

Sempre buscando resultados.
Resultados que sonharam pra você.
Mas e se ainda não for sua hora?
E se não for da sua vontade?

Sua vontade não conta?
Qual é a sua culpa?
Somos em verdade um bando de preconceituosos.
Desse mal temos que nos libertar.

Contratempos triplos eternos e repentinos.
Graves jargões, tantas distorções.
Cristais que se rompem.
Harmônicos que calam Leões.

O couro é frágil, onde estão os tambores?
A madeira já foi queimada.
Palavras pesadas escurecem nossas vidas.
Não há mais água.
A fonte da juventude secou.

domingo, 3 de agosto de 2008

Uh!!!!!!!!!!!!

Quem sabe talvez um tiro?
Quem sabe talvez, qualquer coisa que me faça esquecer tudo de normal que há?
Mal sabia eu que desistir de tudo seria tão prazeroso. Já diziam filósofos por aí: " Os prazeres podem te completar, porém te desviam do seu verdadeiro intuito." Mas que intuito seria tão importante quanto aproveitar por completo a efemeridade de nossa imbecil existência?
Por que ser o que todos esperam que seja? Por que participar desse jogo estupidificante que se finda em um simples título? Viver pré definindo suas escolhas, pode a alguns, ser o melhor caminho pra se guiar; estabelecer estratégias para bem viver, pode pra alguns, significar sapiência; idiotas! Não enxergam que levar a sério isso que chamam de vida é a maior das imbecilidades. Perceber é, realmente, o melhor caminho; não é insensato quem o disse; pelo contrário, pensa muito bem no que diz, mesmo sem vontade de algo significar.
Há tempos pensava em ser visto, observado; Besteira! Tolice! Sou só mais um; vivo, penso, tomo decisões, fujo da realidade, como qualquer outro.
É imbecil até dizer tudo isso. demonstrar a todos o que sente, o que pensa. Por que? pra que? Me cansei. Poderia, o cansaço, vir antes. Antes de começar tudo isso. Todos esses pensametos. Inúteis pensamentos.
Àqueles que esperavam uma revolução pelas nossas mãos: minhas mais sinceras desculpas. Vivo meu repúdio. porém, faço pessoas felizes. É o que importa; ou não?
Tanto faz!!!!!!!!!

terça-feira, 29 de julho de 2008

OIRÁCILER

Dançam zouk, rodopiam ébrios perto da fogueira.
Noite de lua cheia.`
Pés descalços na areia.
Trajes leves, noite ardente.
Ritmo quente.
Música latina acalenta.
Tudo esquenta.

Obsessão...

Lembrança do que nunca aconteceu...

terça-feira, 22 de julho de 2008

I don`t even care

Uma vez disseram: " corra, conforme a inclinação da ladeira; pois se desatentar pode vir a ter sérios problemas". A velha sabedoria dos que nada sabem. Suas leis e costumes. São como o morcego, gritando não importa o que, mas se safando de todos seus obstáculos.
Uma vez que a luz brilha, não entendem o que se vos depara. Explanações ao puro conforme o movimento. Desatentos? Não tão simples assim. Amedrontados? Se entregam ao lutar; ao profanar sua primeira lei pétria.
Como o pêndulo repetitivo, sem vontade nem motivos que os faça parar, apenas o tempo lhes é precioso. Do dorso, o frio que faz implorar o trópico. "Liberdade!!!"", gritam eles. Inversão. Apenas repetem o que um dia lhes sussurraram aos ouvidos; tão baixo que cada um entendeu algo diferente.
Eis o teatro da vida!
Só esqueceram de mostrar aos atores, a página final; onde todos percebem o sangue; e da armadilha tentam se livrar; e se afundam; e descobrem que o limite é o juízo final.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Kbammm@!$%

Sintuosas palavras. Pompas formulando inquietações triviais. Difícil tirar do verme em putrefação sua beleza intrínseca. Ver que um tropeço significa desarmonia, não desatenção. Tirar de um escarro sua originalidade, seu cheiro único, sua cor que lembra os campos. Há mais vida num sosrriso sem dentes, que num aglomerado de fios e ferros que modulam a natureza.

sábado, 5 de julho de 2008

Verdade porque confuso

O som dos carros, dos escarros, dos escravos modernos
Ternos, eternos, externos, berros incertos
Com seus cigarros, sarros, raros momentos de lucidez
Talvez, burguês, marquês, farás uma vez o que sempre se fez

Os risos malditos, ouvidos, os gritos da classe que prende e acende o cigarro
Que tira seu sarro, produzem escarros de sangue e de pus
Que batem, que latem, que berram suas verdades ao pequeno que vê
De baixo, as partes podres que os perfumes doces escondem de você

Os mitos, os ritos, refletem em gritos os ditos tempos de glória
Que história, memória que esconde em si a lúcida simplória escória
Esbórnia, discórdia, clamores daqueles que clamam e amam viver
Porque, não querem ter na verdade a razão do porquê

Gritos, cigarros, latidos, escarros agora do lôdo vermelho do ser
Ser ou não ter, eis a má distribuição
Sãos, são aqueles que são lúcidos e que em vão vão
Ao encontro dos que nunca irão e sempre errarão o caminho

Sozinhos, perdidos com o mapa na mão esquerda
Esquerda, contrário, armário fechado pra quem não quer nada
Nada, estrada sem fim no sentido finito que nada tem e que tudo detém
Além, aquém, de quem quer nunca voltar pro final
Afinal, nada lá tem senão o fim

quinta-feira, 26 de junho de 2008

IMPRODUTIVISMO

Veio a mim dentro de um sonho,

Tantas horas acordado cultivando o ócio,

Nem todos são quem precisam ser

Todas essas palavras que nós não podemos resgatar

Como a grande magia de nosso mundo

Confirmada por essas palavras

Dividem planetas em terços

Por todas as folhas que caem em vão

Enquanto Deus tão ocupado se enlouquece

Esse ócio continua sendo cultivado

Todas essas palavras em seu domínio

Os relógios matam o tempo como os livros lidos

Sem querer nós sangramos

Lutando pelo que nos enganamos

Me deixem sozinho

Só agora é perceptível que coisas tão tolas tem perturbado tanto.

Me deixem só.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Texto velho e quente, a frieza de hoje, nem eu quero ler

Toda aquela historia de ser bom ou ruim, hoje sabe, nada valeu, mas de
Toda sua vida, noites mal dormidas, nunca se arrependeu.
Todos os seus sonhos, pequenos desenganos, nunca o ajudaram a sorrir
E por muito tempo se perdeu, indeciso, procurando o menos amargo elixir
O presente que lhe deram, é um dos futuros que seria seu
Mas muitos foram embrulhados, e ninguém conseguiu abrir
Chegou a se sentir desanimado, mas num piscar de olhos tudo clareou
Se manteve acordado e sem ser coroado, de si se orgulhou.
Não iria mais viver a esperar o futuro, ou o presente nunca seria seu
Despiu-se de suas falsas verdades com orgulho, até então nao se arrependeu.

Quando esteve perto do nada é que percebeu tudo que tinha, percebeu que os
Sonhos as vezes não precisam ser sonhados, podem ser vividos, basta perceber,
É impressionantes perceber o quanto damos valor ao nosso futuro individual,
Até ontem eu estava preso e hoje estou me achando um imbecil, como não percebi
isso antes, tudo está aqui, e não é estagnação aproveitar a situação, vivia
em busca de algo que ainda almejo, mas a forma com a qual lutava somente
me levaria a desilusão, espero que desta vez esteja certo, é incrivel ver as
coisas com novos olhos, acho que estou ficando velho, só pode ser.

Não trocarei tudo por nada, preciso de alguém que acredito precisar de mim,
temos tanto tempo! Eu que há tanto penso sobre a liberdade abandonei mais uma ilusão, e como demorei, ARRRRRRRRRRR!!! perdido em um dia de domingo a esperar a tristeza da segunda, por indução matématica da pra notar que nunca chegaria a lugar algum.
Eu tenho voce, meus pais, minhas irmas, o pite; amigos.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Segredos


Todo poeta se preocupa com a forma pelo qual o seu poema será lido e entendido.

Se preocupa se vai acrescentar algo à alma complexa do seu leitor.

Se o leitor lerá com olhos laminados, ou se lerá como se lê uma receita de bolo.

Se haverá ali naquelas linhas tortas o que é assombroso, ou tranqüilizante, tão sereno e chato que o faça sentir sono.

Queria escrever algo que causasse pesadelos, não o sei escrever. Meu “bom senso” nessas horas sempre se faz sujo pra que eu não tenha a consciência limpa. É melhor nem tentar.

Pura tolice.

E ainda pensam que eu quero sangue, que eu quero o mal, que eu seja o mal em pessoa, só porque viajo um pouco na maionese, por ser as vezes sínico e me fingir de louco. Talvez eu seja mesmo um louco, talvez por não medir minhas palavras, por vezes não pensar antes de abrir a maldita boca, e botar essa língua fatigada e mortal pra dançar.

Eu aposto que o que todo mundo procura são homens bons. Sábios, honestos, corretos.

A verdade é que não salva ninguém. Todo mundo querendo ser perfeito, todo mundo querendo ser bom, mas sempre tentando ser melhor que o outro, ser melhor que o outro já basta na maioria dos casos, uma competição lastimável. Todo mundo tem embutido em si desejos obscuros, tão ocultos que nem mesmo eles sabem, uma hora a ficha cai. A verdade é que dentro de cada craniozinho os miolos uma hora se corrompem e são por instantes vermes inoculados enlouquentes.

Se você me contasse seus segredos mais obscuros, deixariam de ser seus, e deixariam de ser segredos, e deixariam de ser obscuros. É importante serem guardados a sete chaves, são sua arte, te completam e o tornam único. Não se preocupe com sua aparência, ela não te detem a nenhuma classe, e seu chase não favorece na sua captura.

Já faz tempo. Faz mesmo muito tempo, não tenho preocupado mas em sorrir. Nem me preocupo mais em entender ou não a piada, nem na essência dela.

“Dois frangos voavam no céu azul, o primeiro vira pro outro e diz: Cara... Frangos não voam, e imediatamente cai e morre, e o outro continua voando.Porque ele continua voando ? R: Porque ele era um frango à passarinho.”

E o meu riso rasga o silencio, e o silencio é tudo que eu quero, e o silencio é abafado com o meu riso. E de tanto rir vem o soluço, e de tanto soluçar vem o choro, soluçando e chorando vem o desespero, e no desespero sai o grito, e o grito rompe o meu precioso silêncio. Sozinho em casa assistindo o céu chorar também, o céu também dá o seu grito, o seu trovão me assusta e tudo aquilo:

- O silencio, o riso, o soluço, o choro, o grito vão se embora.

As estrelas cobertas pelas nuvens de chuva. O que estariam pensando cada uma delas ?

A lua calada resguardada no seu silêncio, ainda guarda consigo seus segredos loucos e seus desejos mais obscuros.

- Será que saturno me dará um de seus anéis quando me pedir em noivado ?

- Será que ele me pedirá em noivado ?

- Quando ele me pedirá em noivado ?

- Vai demorar muito ?

- Ai meu DEUS !

- Aí! Eu não sei, será que ele me acha fútil ?

terça-feira, 20 de maio de 2008

Macacos Gordos a fatia punk da goiaba

Por: Henrrique Roque


Já é fato “Na terra da goiaba o rock é o bicho”, o slogan do Goiaba Rock Festival não nega a nossa origem; sendo assim o movimento Punk não podia ficar de fora porque Punk Rock é o bicho. Acha que não??? Vamos lá aula sobre o movimento Punk.

Denomina-se cultura Punk os estilos dentro da produção cultural que possuem certas características comuns àquelas ditas Punk, como por exemplo o princípio de autonomia do faça-você-mesmo, o interesse pela aparência agressiva, a simplicidade, o sarcasmo niilista e a subversão da cultura. Surgiu em 1970, na Inglaterra, o movimento vai contra todo e qualquer tipo de convencionalismo social, visa quebrar regras e preconceitos.

Por favor, não confunda o Punk com o Anarquismo... Os principais representantes do movimento Punk no rock’n roll foram as bandas Sex Pistols e Ramones, que souberam como ninguém apresentar o que o Punk tem de melhor. Entre outras é claro. Porém Inhumas não fica atrás, temos também nossa expressão Punk Rock.

Os meninos da Macacos Gordos – que de gordos não tem nada – vem detonando em todos os festivais; composta pelo ritmo rápido e intenso do batera Demur, a guitarra ensurdecedora e bem trabalhada de Gustavo, o baixo criativo e marcante de Jean Paulo e o vocal quente de Michel a banda sabe como ninguém como empolgar e chocar o público, seja ao vivo ou não.

Grande destaque também pelas letras fortes e marcantes que devem ser conhecidas por seu conteúdo, criticas políticas e sociais de alto nível. Sem mais embromação, posso dizer que estes caras prometem e cumprem e vem pra deixar a sua marca no rock’n roll nacional.

Seguem abaixo alguns links da banda MACACOS GORDOS:

MYSPACE

TRAMA VIRTUAL

ORKUT

PALCOMP3

BLOGSPOT

BLOG PENSAMENTOS DE MACACO

YOUTUBE



segunda-feira, 19 de maio de 2008

Tempo?

Quando não se consegue terminar nada do que começa, acaba-se por desacreditar que vale a pena começar algo. Não ter aptidão pra nada; não poder dizer que é bom nisto ou naquilo. Isso realmente desanima qualquer espírito que tem consciência de sua mediocridade. Será mesmo preciso querer ter algo? Querer alcançar objetivos e dizer: eu sou isso, eu sou aquilo?
Começo a desconfiar da importância dos títulos. Soam como confirmação de toda limitação. Mas há pessoas que esperam de nós a comprovação de nossa inteligência. Talvez os títulos apenas corroboram a idéia de que a fragmentação do conhecimento, sugerida por Descartes em seu discurso do método, é relmente necessária, numa época onde, ainda por roupas, se diferenciam classes.
Àqueles que usam do conhecimento para fins de ganhos supérfluos, só resta a honra de serem a representação de uma sociedade imbecilizada. Será que os primeiros filósofos, tidos como naturais, eram melhores que o homem moderno, ou apenas despreocupados com tais futilidades?
Nos puseram pra correr; engarrafaram o tempo; mas esqueceram que o conhecimento anda a passos curtos, observando cada detalhe, analisando cada objeto. Ele, por mais eficaz que seja, não consegue alcançar o "mundo fast food". O sentimento de limitação, no mundo atual, é desgraçadamente natural. Somos filhos da produção em série. Cada um em seu lugar, sem invadir o espaço alheio.
Em um mundo de sete bilhões de habitantes, não se é nada senão número. Parte da engrenagem econômica, incansável, ininferrujável. É triste dizer isso, mas querer o máximo de conhecimento possível hoje, é impossível. Somos animais de fácil adestração; é necessário no mínimo dois séculos pra que aprendamos a agir de modo diferente.
Me cansei de querer escrever bonito; de querer saber todas as matemáticas; discutir todas as disciplinas; percebi que meu tempo não me dá tais privilégios.Viverei pra sempre com essa vontade não ter vivido. Pelo menos uma coisa conseguirei terminar: essa merda de vida mal vivida. Se me perguntam porque pensamentos tão pessimistas, respondo que são os mais sensatos a se pensar. Felizes aqueles que os ignoram.
Há algo bom em se pensar assim: perde-se rapidamente aquela demasiada alegria de viver; de se ser notado; de falar alto pra que todos ouçam. Saber que não se conhece nada, é um anestésico para a felicidade descontralada. Dói, mas é confortante pensar assim; traz pra si a discrição.
Chega de tanto falar nada pra tantos surdos pomposos.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nós, os ladrões de mente

Será que somos anjos caídos que não quiseram acreditar que o nada é nada e, portanto nascemos para perder aqueles que amamos e os amigos queridos um por um e ao final nossa própria existência, para ter essa comprovação?


Sempre soube que o som do silêncio está em todo lugar e sendo assim tudo em todo lugar é silencio.
Sempre soube, mas nunca quis acreditar que um dia tudo isso aqui vai acabar, tudo vai passar e ao fim só sobrarão histórias pra contar e muito a aprender muito a ensinar. E ainda sobrará o ar... O ar... O ar...
Puro ar...sem ninguém pra respirar, sem ninguém pra ensinar sem ninguém pra aprender... Ou não... Ou o tudo, ou o nada... Talvez só o vazio sombrio... Obscuro... Ou Obsclaro.

De repente acordamos e vemos que o que achamos ser isto ou aquilo na verdade não é nada disso nem daquilo.
Ninguém pode ensinar nada a um homem, podemos apenas ajudá-lo a encontrar respostas dentro de si mesmo.
Ó dentes da terra que rangem, para onde tudo isso nos levaria a não ser para alguma eternidade dourada, para comprovar que sempre estivemos errados, para comprovar que a comprovação em si mesma não vale nada.

Em verdade somos escravos guiados com rédeas, tudo em prol de um bem maior, um bem egoísta, um bem cheio de si que não se faz só e é acrescentado com a necessidade de uma união interesseira, de um aglomeramento criando elos de dependencia, criando nós. Cegos nós.

E então todos nós, NÓS unidos um pelo outro pensando mais em si do que em qualquer outro, pedimos afeto, atenção, harmonia, amor, e esquecemos simplesmente que o outro na sua individualidade também carrega importâncias maiores. E o outro se faz egoísta também.

Podia ser diferente, mas não é.

Sociabilidade é só um grande sorrizão, e um grande sorrizão não passam de um monte de dentes.

No meu porão ratos milenares dormem sabiamente.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Layout

O que dizem sobre mudar a aparencia ??

Eureka!

Pensando o mundo antes do advento de qualquer meio de linguagem com fins de comunicação, percebe-se uma certa ambiguidade na discussão do homem como bom ou ruim naturalmente. Explico.
A partir da linguagem se limitou as noções do mundo. Milhares de plantas gigantes, se limitaram a "árvore", denominação pra tudo que se parecesse àquela coisa grande com "folhas"verdes. Se antes o homem matava era pra sobreviver, como qualquer outro animal que lutava por seu espaço e longevidade. Agia totalmente por seus instintos. Onde espero chegar com essa explicação? Perguntarão os que lerem tal pensamento.
As noções de bem e mal, são criadas pelos costumes vigentes em cada sociedade. Antes da criação das civilazações, como não eram necessárias noções e especificações, não importavam os meios utilizados pelo homem em sua alimentação ou convivência com a natureza."O homem é naturalmente bom, porém a sociedade o corrompe"(Jean-Jacques Rosseau: A origem da desigualdade entre os homens). Esse pensamento de Rosseau, observando agora por esse viés, não é totalmente insensato. O homem, dependendo das regras impostas pela constituição de um determinado local, sabe, por meio dos costumes, o que é bom e o que é ruim. Portanto, cabe a ele escolher. Não sei se fui claro, mas o homem, sendo capaz de discernir entre uma coisa e outra, dádiva conseguida por meio da linguagem e consequentemente socialização, não é bom nem ruim naturalmente, apenas individualista ou socialista dependendo da situação ou sistema.
Resumidamente, o que corrompe o indivíduo não é a sociedade em si, mas a sociedade com regras específicas nela seguidas. Se a sociedade é socialista, naturalmente a tendência é efetuar atitudes sociais, de bem ao próximo, se bem se entendeu a proposta do sistema. Agora, acompanhem meu pensamento: Por que essa discussão surgiu juntamente com o sistema capitalista, no século XVI? Obviamente, porque o capitalismo impõe a seus seguidores o individualismo, o enriquecimento próprio a qualquer custo, levando assim a crer que o homem, só se importando, a partir desse momento, consigo mesmo, é ruim.
O equilíbrio humano na natureza é evidente. Ninguém pode ser ruim, se não conhece tal expressão. É, o que a natureza pede, pois nela é apenas um animal.
Desculpem se passo certo dualismo em minha idéia, não querendo nem me pôr de um lado nem de outro, agindo como um apaziguador de nervos. Mas, conheça pessoas como as que conheço, e passe a acreditar na capacidade humana de escolher a bondade. O homem escolhe o que é, e isso é fato! Você sabe que enquanto se enriquece, empobrece alguém, numa medida igual e justa, como dita o capitalismo. Se faz isso, escolhe portanto prejudicar alguém, ou seja, escolhe o "mal". Se luta pela igualdade, luta pelo "bem" dos outros.
Somos seres inteligentes e aptos a nos guiar. Criamos linguagens pra denominar coisas, e acabamos por tropeçar em nossa criação, nos perdendo, cegos, apalpando as paredes da abstração, pra encontrar no fim uma luz. Mas é tarde, pois em meio a tantas abstrações, já perdidos e desnorteados, não conseguimos criar a saída, há muito tempo perdida. Tantos pensamentos, tanto dualismo, pra nada senão a cegueira.
Enfim, é isso. Espero ter sido claro, embora cego, em minha argumentação. Gostaria de ter mais espaço pra melhor exemplicar minha idéia, mas qualquer texto já enche o pensamente de macaco e acaba por deixá-lo enfadonho. A objetividade, que se espera em qualquer texto hoje, não consigo ter.
Mundo apressado. Um dia há de tropeçar em suas próprias pernas.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Cogito ergo sum

Sabe-se certamente que, espíritos contemplativos que por si só sonhadores, passam a idealizar certas características que sempre, por simples razão de descontentamento descabido, estiveram em suas idéias, são procuradores do que fazer, sempre inventando modos e modas para por algum motivo se sentirem bem com seu espírito, ao mesmo tempo inquieto. Seres assim são os mesmos das ciências, das mutações, do avião, do ônibus espacial, do átomo, do sabonete. São seres que não contentadores da natureza como é, procuram com idéias mudar, diferenciar.

Há pouco estiveram impondo costumes, mudando civilizações, miscigenando povos, modificando raças, em um milésimo de segundo da espectativa espacial. Agora se acham donos do tempo; o medem, porém não o controlam; se movem junto a ele, sem perder a concentração temporal. Se julgam donos até de si mesmos; mas não sabem que tudo que sabem é o não-saber.

Outrora quando os povos ainda respiravam um terço da liberdade que por aqui passava, quando tinha-se ainda a certeza de um homem bom ( não seria equilibrado?) que por meio do acaso criava e aperfeiçoava seu modo de vida, inovando sempre, se sabia ao certo o significado da inspiração. . Mas, pensemos também: Será que apenas o acaso mudava a vida dos humanos? Ou também a ajuda que a inspiração humana dava com suas viagens cósmicas intelectuais primitivas?

Quando por meio de pensamentos realmente criados por meio do gasto do tempo, a civilização se fizer não mais pela simples inspiração institiva de suas criaturas, e sim pela razão, quando realmente nos guiarmos pelo que nos diferencia dos outros animais, é que a civilizazão se porá em felicidade.

Talvez continuarei um dia com minhas especulações acerca disso. Por hoje já me canso de tanto me humanizar e tentar criar explicações para as únicas e verdadeiras incógnitas da existência. Realmente, ao se pensar nisso, descobre-se em si escondida, um traço de humanidade, que em todos nós existe. Humanidade que se esquece de sua humanidade. De novo nos espanta com suas aparições repentinas, a ironia.

Até logo meus confrades!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Paranóia

Pálido paladar padece pacífico
Pacato, paralelo, paramilitar
Paramnésia populacional
Pobreza, poça podre
Pouco plausível
Plural pleonástico
Poética periférica
Prostitutas precoces
Predadores pagando por prazer
Primatas primitivos presos pelo putrefato puritanismo
Purgatório prodigioso produz perfeição
Promessa profilática prevenindo proliferação patética profana
Profano! Profanos! Profanação procriadora profanando pensamentos
Pensamentos! Pensamentos! PENSAMENTOOOSSSSS....
Profecia primeira, pioneira pintura
Peste pessoal pesarosa
Pronto, petrificado
Perfeição prodigiosa produz purgatório
Perguntas ?
Pura paranóia.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A goiaba verde vai ficar madura...

Meu cachorro uma vez me disse:
- O mundo não é nada além da mente e a mente não é nada além do mundo.
E daí, eu perguntei:
- Qual é o significado maior disso tudo?
E com aquela cara mais lerda cheia de baba, ele responde: Florzinhas do campo.
- Florzinhas do campo?
- Mas e daí, o que as florzinhas do campo têm a ver com tudo isso?
- Elas são bonitinhas ora, exalam perfume, não dizem nada, apenas desempenham suas funções, tranqüilas, serenas, são verdadeiramente sábias.
E dai? Flores não pensam, nós humanos é que pensamos, sentimos, sonhamos.
Ao final de tudo, todo mundo enxerga o mundo como se o mundo todo, fosse um mundo dos sonhos. Mas caramba o mundo todo é real. As flores são reais, as pessoas são reais, as montanhas o por do sol, tudo que nos cerca é pura realidade. Quando escrevemos o que sentimos, não é fantasia, é tudo puramente real, minhas idéias, suas idéias se imortalizando devagarzinho. Letra por letra. Nosso dinheiro é real, precisamos dele.... Me dá 1 real .
Merda! Dor ou amor, perigo ou problemas, fazem com que você sinta medo, assustado como se estivesse a beira de um penhasco. Tudo muito real, é sim.
Olhos nos olhos, bocas falantes, idéias fumegantes brotando quentinhas meus amigos.
Seus ideais são os meus ideais... Em alguns pontos é claro...
Onde estão nossos sonhos passados? Eles não morreram, só mudaram de proporção.
Verdadeiramente amadureceram como a goiaba que era verde, e agora está madura.
Cuidado! Uma hora ela apodrece.
Não forme concepções a respeito da realidade da existência, nem sobre a irrealidade da existência. Em outras palavras:
As algemas vão ficar macias e os cassetetes vão cair por terra, vamos em frente e sejamos livres de qualquer maneira.
Alegrem-se escravos, e horrorizem essa sociedade dócil.
Somos verdadeiramente zen-lunáticos, outra hora explico.
Sentem-se com a verdade sob uma árvore solitária, onde quer que estejam...
Saibam que somente as formigas e as abelhas sabem ser perfeitas comunistas...
O universo inteiro mastigado e engolido... Uma alucinação adoravel...
Seus malucos...

Só vocês mesmos pra lerem essas merdas.....

Minha banda, minha vida

Nós, seres capazes de construir arranha-céus, naves voadoras, energia atômica, tornamos por demais complexas as simples abstrações da vida, como felicidade, união, bondade etc. Somos sim naturalmente animais egoístas, pois é isso que vivemos por primeiro no mundo. Precisamos ser tratados pra que nos desenvolvamos. Porém há em nós uma dádiva, o pensamento. Somos ruins, egoístas, miseráveis naturalmente, contudo podemos discernir sobre o modo que queremos ser, se queremos destruir ou ajudar. Por isso somos os mais feios e belos seres do mundo.

Sempre desconfiados, criando um escudo ao seu redor:"sua liberdade acaba no momento em que começa a do outro". Justificativa para o individualismo. Estamos todos no mesmo poço imundo, cheio de fezes produzidas por grandes homens apoiados em grandes não-homens. Mas é impossível perceber isso vivendo pra si, limitando-se a si. É preciso que se conheça homens bons, aqueles que usaram de sua massa cefálica pra aprender, pra ensinar, pra serem diferentes e ironicamente normais. Homens assim, poucos têm a oportunidade de conhecer, pois não é comum encontrar o belo no meio de tanto horror.

Aqueles que tiveram a felicidade de encontrar tais homens, que os têm como amigos, devem se considerar muito afortunados, especiais, pois quem se mistura ao bom se contagia, se torna bom. Desses poucos indivíduos é que se tira a última força pra lutar. Ainda, por eles, se acredita na redenção humana. Assim, após haver refletido tanto, pensa-se em mostrar o que viu, porque se entendeu, todos são capazes do mesmo. Mas infelizmente o que se vê é a ignorância do bom, do certo, do comum, pois todos já foram educados segundo os preceitos do ódio. Entretanto quando finalmente se desiste de tentar, lá na frente se vê uma luz, mas não no fim de um túnel, e sim refletida pela face iluminada de anjos verdadeiros, sem asas, mas que alçam vôos maiores que qualquer nave construída pela engenharia humana. Lhe estendem a mão e dizem: Grande irmão, erga-se e lute, pois tem as armas de que precisa, a coragem e a bondade.

Sinto minha visão ofuscada pelos que me rodeiam, mas aos poucos consigo ver que estou no meio certo, sóbrio, superior. Me emociono ao pensar isso. Às vezes me senti só com meus estranhos pensamentos. Mas agora não, agora sei que existem pessoas como eu, que estão se desenvolvendo e não para o mal mas sim para o bem. Pessoas que choram, não pela perda de mais uma namoradinha ou por não ir ao show do Chiclete, e sim pela infelicidade de ter nascido humano, ser pensante, capaz de perceber a própria miséria, por tentar tantas vezes se superar e deparar-se com a tão humana limitação, por ver que estamos de mãos atadas e não podemos ajudar quem tanto precisa. Choramos pelo mundo, que morre, que se mata, que se destrói. Talvez tenhamos que carregar no peito a dor que todos ignoram. E carregamos, sem medo do que possa nos acontecer.

Enfim, "tanto faz, nesse mundo ninguém é perfeito, mero cidadão ou filho de prefeito, todos cagando e respirando gás, é a metamorfose que nos faz iguais".

Ei vocês! Obrigado por existirem. Por me possibilitarem essa experiência da verdade. É, vocês mesmos! Amigos pra toda hora. Que sozinhos anseiam mudar o mundo. Que são bons porque assim escolheram ser. Vocês, homens especiais, únicos. Amo a todos! Que isso dure muito, de modo que se torne infinito. Infinito em nossos corações, em nossos atos, em nossos pensamentos de macaco!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Desfazendo amarras....

O bom bodisatva sempre se questiona sobre tudo.
O bom bodisatva chora, e se questiona porque chora.
Tenho grandes amigos bodsatva, amigos de verdade.
Gosto de ficar ao lado deles quando estao bebados e fedendo fumaça.
Gosto do quanto são francos, sinceros, honestos, verdadeiramente amigos.

Me doi ve-los sangrando por suas chagas nos corações.
Das minhas chagas também correm sangue.
Digo corações porque ainda acredito em pessoas boas.
Se elas existem, são meus amigos.
E mesmo que distantes, sempre me lembro deles...Sempre...
Se estão tristes, me entristeço junto a eles.
Amigos que eu nem sei se sentem o que sinto por eles... mais sinto...
Sei que são bodisatva... Ou seja "anjos sábios".
E tenho plena certesa que são homens bons...
Fiquei muito feliz de ver o Gustavo se preocupando com o Michel à respeito dos óculos e tudo mais.
Nunca me esqueço de quando o Jean disse que via em nós verdadeiros amigos, e disse que se falasse mais poderia chorar...
Tantos negam o choro, que alivia tanto... que lava a alma... é bonito isso...
Quando o michel disse um "Eu te amo meu irmão". Sempre o tive como um irmão mesmo.
Só vocês são capazes de saltar sobre as amarras do mundo e sentar-se comigo entre núvens brancas...
Muito obrigado meus irmãos... De coração....

ffonrims & notlrac

Estou bêbado, bêbado e cheirando a fumaça... sou eu um egoísta ou um fraco, um inocente ou um fraco, uma mente que se preocupa demais ou um fraco... Talvez seja um fraco, talvez seja apenas a mente embriagada de um cara cheirando a fumaça, ou talvez eu seja a fumaça, por que não a embriaguez. Estou sozinho e bêbado, sozinho e cheirando a fumaça, seria eu um mendigo ou um bilionário?? Eu nem mesmo tomei banho hoje, por que deveria salvar o mundo? não sou
um bilionário mas estou embriagado, talvez pelo cheiro de fumaça, ou talvez pelo cheiro de sangue e fezes, isso mesmo fezes, eu nem mesmo tenho um bom sistema de descarga no banheiro, talvez por isso não tenha tomado banho. Todos escrevem bonito, eu escrevo feio, talvez por que esteja bêbado, talvez por que neste exato instante eu não me importe mais. Talvez hoje eu já nao queira ser diferente do meu pai, talvez hoje eu veja que ele sempre teve a razão... será que em algum lugar próximo a Betelguese tem algum lugar próximo de mim... talvez lá todos estejam cheirando a fumaça, talvez lá a liberdade não seja um sonho idiota de poucos que sonham ou talvez eu tenha que me contentar... Minha garganta está anestesiada, talvez pela fumaça, ou
talvez por que seja meu destino me calar, não tenho fome, não tenho música, já passa das 22:00 e nao quero acordar os vizinhos. Por que escrever besteira pra quem quer ouvir milagres e belas obras? Talvez eu seja mais um idiota sangrando pelas doenças do coração, ou talvez apenas queira lhes dizer: "Cara, as pessoas são más", o Michel tinha razão, não vou mais acreditar na bondade, por que a bondade sucks, os bons humanos são aqueles que tiveram a sorte de nascer como cachorros ou gatos ou talvez... ornitorrincos. Não quero vos decepcionar com esse textículo, apenas quero mostrar que meu bafo as vezes é podre e como tenho poucos para escutar... que escute meus poucos amigos! Que meus poucos amigos escutem e reconheçam todas as merdas que tenho guardadas em uma cabeça de macaco, minha cabeça de macaco, uma cabeça tenho que confessar.... de macaco, pensei agora "Termina logo", mas eu não tenho nada mais o que fazer, só tenho uma cabeça de macaco cheirando a fumaça. Se fosse egoista lhes diria que estou triste, mas não tenho corajem... pessoas morrem de fome, morrem sem cabeça, morrem... como eu posso me
permitir a tristeza? como eu posso lhes dizer poucos e bons amigos que estou triste? isso
seria uma inconsciencia absurda, pra terminar de dizer o que provavelmente lhes faz pouco sentido, por não saberem do ovo ou da galinha só me resta ir dormir por que o gordo do Mike me disse que amanhã será um 'better day'. Me desculpem se esse pensamento de macaco não foi tão bonito, ou talvez não tão inspirador, talvez nem um pouco artístico, talvez mais um vômito, talvez tão estranhamente ruim quanto uma bicicleta sem asas em pleno hiperespaço, mas esse é o retrato sincero de mais uma noite, de fumaças e embriaguez, de choro e de vergonha... Mas eu sei contornar...

domingo, 20 de abril de 2008

Marinelza

Hoje até o céu chorou.

Não de tristeza.

Chorou pra lavar nossa dor.

Hoje 19 de abril voltou ao céu um dos anjos do senhor.

O céu chora de alegria porque um de seus anjos volta a casa do pai.

Aqui em baixo só nos resta à saudade, que dói fundo.

Tantas lembranças.

Lembranças que se eternizaram em tantos sorrizos.

Tantas palavras.

É difícil acreditar.

É dificil abrir os olhos e não pensar.

Ou fechá-los e não lembrar.

Ou se calar e não orar.

A oração é a mais importante.

É o modo com que os anjos tem de nos ouvir.

Sussurre baixinho com amor e com carinho.

Que nosso anjo amado pode nos escutar.

E ele vai sempre estar perto de ti em algum lugar.

Ore que a oração, não será em vão se assim confiar.

É preciso ser forte, nosso laço de amor é eterno...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Erpmes Edutse

As consequências de seus atos. Atos bons, ruins. Mal vistos, bem vistos. Parece não fazer diferença. Uma noção pré-definida lhe é imposta e se vê condenado a viver em pró dela ou simplesmente a ignora. Conhecer-se a si mesmo poderia ser a resposta para uma boa vida social. Mas aí reside o maior dos paradoxos de nossa medíocre existência. Pra se conhecer não é necessário nada senão ser anti-social. Viver em sociedade implica viver não para si ou em favor de si, mas em favor dos outros, da aperência que causa aos outros. Aos que não vivem assim, a loucura logo é sugerida.



Aquele que se concentra em si se esquece do mundo, acaba alienando-se a si mesmo. Qual será então o meio de obter felicidade e não ser um desorientado? O dia que souber a resposta para tal pergunta, escreverei um livro. Ler, afundar-se nos estudos, tornar-se intelectulmente ativo e consequentemente ser respeitado nos meios onde o conhecimento é visto como fórmula essencial para a vida. Contudo, não saber nem mesmo receber elogios ou fazer uma simples observação do caráter alheio, conseguindo assim obter apenas o desprezo dos que a você se cercam. Ser feliz implica em essência, ou seja, ser até onde sua natureza alcança, ou não.


Preocupo-me, no entanto, com aqueles que contra todo sentido natural são impelidos a ser bons em ambos os pólos. Espíritos livres das limitações naturais. Serão eles espécimes evoluídos que se recusam a ser do tempo em que vivem? Ou apenas distraídos demais pra perceberam as "boas tendênciais atuais"? Evoluídos ou distraídos, são enigmas que por mais que tentemos entender, sempre acaberemos em contradições erméticas. Ora, se sei disso, por qual motivo estou empenhado em entender o inintelígivel? Concentrar-me-ei em mim mesmo, depois me atento aos outros.


Enfim. Sendo a fórmula da felicidade algo de alheio a qualquer inteligência, sendo ela limitada ou livre, é pouco proveitoso falar a respeito, porque quem sou eu, um pessimista quanto a mesma, pra falar sobre? Porém, como já disse em tempos passados -que não voltam mais mas são lembrados - qualquer frivolidade é bem vinda em momentos de total imbecilidade, ou coisa parecida.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Versos brancos fernandes

Nasce.
Pequenino e frágil.
Símio que se avoluma,
Se encorpa.
Tantos sonhos, Deus meu !
Sonhos desfeitos...
Saldo de toda minha vida.

I'm tired of running after happiness...
I don't need you anymore.
É tempo de seguir.
Caminhar pelos caminhos traçados,
Buscar outros valores
Realizar o que não pude.
Tenho tantas coisas pra fazer
e é tão curto o tempo.

Uma árvore é um poema.
Um rio é um poema que salta,
que ri, dá gargalhadas e
e as vezes se emudece...
A chuva é um poema que chora
numa absolvição ressentida.

Eu sou a árvore, eu sou o rio, eu sou a chuva.
Eu sou um poema.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Burp!

Hoje, e entretando não somente hoje, irei chover... E choverei como nunca alguém já houvera feito, choverei como forma de protesto, choverei para matar o tédio, choverei lombrigas magricelas banhadas a azeite de dendê, até mesmo choveria minhas próprias diarréias, mas já não as tenho, elas se foram em momentos de pouca reflexão. À tarde, quando o mal cheiro o lembrar algo, digo que não é da chuva que se lembrará, mas daquele que um dia choveu, e se sim teremos a grande resposta à pergunta que nunca existiu: De nada vale um sopro artístico se a origem do mal hálito não puder ser identificada...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Máscara-camaleão

Questionar o acaso deificando-o afim de encontrar nada senão respostas vagas e sem valor, não obstante assim, ignora totalmente a razão deixando-se levar pela influência dúbia da experiência daqueles que se dizem vividos. Mas, vividos em que? Por qual ponto de vista creditam à sua vivência algo de certo e indubitavelmente probo? Pelo viés deles próprios, que creditam à própria loucura algo de real. Infelizes espíritos que enganam-se a si mesmos com suas crenças infundadas.
Usar da ironia como máscara-camaleão da ignorância demonstra falta de firmeza em suas, ou que pelos pensam ser suas, idéias. Limitados a sempre questionar e nunca encontrar fins suficientes em meio à suas dúvidas infindáveis, acabam por se perder em simples-complicadas questões e se perguntam: E se eu estiver errado quanto a isso ou aquilo? Covardes! Há um longo caminho até a perda completa do medo da dor e da morte. É necessário entender que a morte é solução da vida e não o contrário. Achar-se inferior e conseguir tão facilmente ver isso. Aí reside uma verdadeira ironia.
Talvez a ignorância seja a força motriz de tais pensamentos. Engraçado. Faz sentido, um horrível sentido. Por trás da ironia, a dúvida, o medo.
Quer respostas pra suas inquietações? Estude mais a fundo cada átomo, em sua total divisibilidade. Ao término verá que suas dúvidas resultarão em mais dúvidas. Felizes são os loucos com suas respostas.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Soneto Irônico

Deitado neste leito de criança,
No suave explendor, canções das aves,
Excelsos bergantis, troféus de prata.
Estrelas quem vos fez tão deslumbrantes ?

Luzes da imensidão quem vos alenta ?
Céus quem vos desdobrou em instantes ?
Mares quem vos mantém, quem vos desata ?
Flores quem vos esculpiu, vos fez contentes.

Nossos grandes aviões, astros vermelhos,
Até podem chegar à alturas grandes,
Mas o cume acham os homens de joelhos.

E lá das alturas os mares verdes.
Lá de cima são imensos espelhos.
E aqui em baixo homens e paredes.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Palavras vãs

Condicionados ao aprisionamento; seres cujo caminho foi pré-preparado; liberdade usada apenas como palavra de controle; grandes tão pequenos quanto um grão de areia. Mas... porque tratar aqui daquilo que sempre se fala. Todo dito ignorado ou esquecido. Será que querem ouvir? Sinto pressupor que não. São muitos os que vêem. São muito os que sabem. Mas são espertos, são discretos. Aqueles que pensam saber, desesperam-se pra serem ouvidos. Em vão. Ser modesto, ser humilde. Qualidades pré-definidas.
É chegado o tempo de novas idéias. É preciso dar brilho à vida. Novos conhecimentos vêm como algo necessário. A depressão encoberta pela felicidade da resolução. Tentar ao máximo não pensar naquilo que machuca e confunde. Órgão atrofiado há tanto, de volta à suas funcionalidades. Ares frescos adentram o corpo trazendo limpeza ao espírito irriquieto. Mudança, ocupação, concentração. pensamentos demasiado grandes. Usados apenas pelo ego. Emudecer, logo, desenvolver. Discutir, logo, desenvolvido. A linda metamorfose. Pensar...falar. Falar...pensamentos desenvolvidos. O silêncio sempre ao lado. Discrição...discriçaõ.
Enfim. Estranhar-se-á novo "modus vivendi". Decepções. Desculpas. Babaquices.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Sou MODESTO....

Humildade sempre ?
Me acho superior
Não é que tudo é razão
Ou que eu seja doutor

Minha visão vai além
Do que a maioria pode ver
Mais posso estar errado
Ou o errado pode ser você

Só porque penso diferente
Todo mundo se acha assim
Cada um com sua razão
E a vida sem propósito pra mim

A "vida" que fique bem claro
Porqué Deus é simbologia
Tudo depende tudo varia
Minha mae tem celulite
Minha irmã tem estria.

Se não há propósito algum em estar aqui, porque então continuar aqui ?

Não sejais pois leviano,
Propósito deve ter.
Você só não descobriu ainda
Uma hora vai entender

Não cometa qualquer erro
Não desista como suicida
Você pode aprender muito
Nessa escola que é a vida.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Oftalmologista do mundo

Àqueles que acreditam que na vida há propósito, que o homem não é apenas um símio pensante que criou símbolos, e que, a partir disso discute em vão vãs contradições, demonstrando assim sua incapacidade de entender suas próprias invenções. Àqueles que dessa forma vêem nesse animal algo de especial que o diferencia de todos os outros, mesmo daqueles que têm apenas 3% de seu DNA distintos e que dessa forma se sentem orgulhosos de pertencerem a essa espécia superior que tanto faz para sua própria conservação, mesmo que isso custe à seu próprio habitat, ele mesmo. Àquelas enojáveis pessoas que se esqueceram de atravessar o caminho e fixaram moradia dizendo:"Se estou aqui e ninguém disse nada, é meu", iniciando assim a idéia de propriedade, roubando do resto do mundo aquele lugar que não é de ninguém e sim de todos, alimentando o egoísmo, enraigado a um individualismo desmedido, que gera dor e tristeza no coração daqueles que nada haver com isso têm, levando-os a acreditar que a felicidade pode sim ser comprada, justificando assim o poderio do capitalismo, que há muito é responsável por maior parte de todo rancor no coração de tantos.
À esses, minhas considerações, meu eterno descontentanento por sua voluntária ignorância. Quero dizer que o mundo como está hoje, certamente foi feito pra vocês. Pena que vocês não o querem repartir com os outros, e isso inevitavelmente vai levar à disputas. Então, boa sorte a vocês. Espero que o número de pessoas que conseguem ver tais confusões e que provavelmente não concordarão com suas idéias não aumente, mesmo achando que isso já é impossível. Espero prufundamente não ser útil a vocês, porque, adivinhem..."Sou um daqueles que conseguem ver".

segunda-feira, 17 de março de 2008

Sabatina Sacramentaria

Santificação sacrificada sem sacadelas.
Saguão salino sob sol. Sofrer significa se salvar?
Sabor sagaz, sonhar sair saudoso sugando safiras.
Só sonhar, sonhar só. Sonhar santuário!
Safári salomônico santo, semeando suor, semântica sadomasoquista.

Sing sing sing, soam sinos sanguinários...

Sadismos sempre sacrificando sacristãozinhos.
Sacrossanto sadismo, sangrando segredos.
Sufocando sim, sede secular sem salivar.
Sobrecarga sobreposta sobre soberba situação.
Sofrem sacristãozinhos, sarcoma satírico.

Salute! Salute! Salute! Suave sangue sagrado.

Sistema sistemático, sabe selar segredos.
Sinopse sexóloga, saudosa sodomia sacristã.
Sonegando soluções. Solstício santo.
Sua santidade sabe, sua sonolência sonda.
Sofre soluto sem sexo.

Solução, solução, solução, sacristãos, sacristãos, sacristãos.

Sobreviver, sobreolhar, sobreestar, subliminar, sub-julgar.
Sobrepor, sobretudo sobre-pensar, suplementar, suspeitar.
Supor, superar situação sendo sábio.
Saber sussurrar sem surto, soprando suavemente suas supremas súplicas.
Segredos sujeitados surreais, surfando silenciados.

Ssssss ssssss ssssss, silêncio santo.
Ssssss ssssss ssssss, silêncio sagrado.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Ele era um home muito peculiar

Ele era um homem muito peculiar
Foi o que a Sra. Riordan diz e ele deve saber
Ela mora no andar acima dele
Ela disse que ele era um homem muito peculiar

Ele era um homem muito peculiar
Ele morava completamente só dentro da casa
Dentro de um quarto, dentro de si
Um homem muito peculiar

Ele não tinha amigos, ele raramente falava
E ninguém por sua vez falava com ele
Pois ele não era amigável e não ligava
E ele não era como os demais
Oh não! Ele era um homem muito peculiar

Ele morreu no último sábado
Ele ligou o gás e foi dormir
Com as janelas fechadas para que nunca acordasse
Para seu mundo silencioso e seu pequeno quarto
E Sra. Riordan diz que ele tem um irmão em algum lugar
Que deveria logo ser notificado
E todo o povo dizia
“Que pena que ele morreu
Mas não era ele um homem muito peculiar?

Ecos éticos

Palavras vãs mal interpretadas
Pouco estudadas, nada constatadas
Possos palavrescos, ossos ao avesso
Postos pitorescos, pastos não mais frescos

Moscas malogradas, muito mal cuidadas
Marcas mascaradas, mistas, defecadas
Mitos mitológicos, óbitos não lógicos
Míseros zoológicos, mórbidos, sórdidos

Falsos fundamentos, finos argumentos
Fétidos famintos, finda-se o momento
Fome fatal faz, fortes fracos ficam
Fundam-se falácias, fáceis que intrigam

Trilhos tortos, trigos, portos
Todos toscos, tidos mortos
Tanto têm também tratado
Tudo de tuas mãos tirado...ado...ado...ado...ado...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A ciência explica o amor

É comum alguém argumentar que a explicação cientifica de algum assunto tira a poesia e a beleza das coisas. Acho que não preciso detalhar que isso é um absurdo, seria o mesmo que achar que um churrasco perde o sabor porque se conhece a estrutura de uma proteina.
Então... a ciencia ja tem um bom conhecimento dos mecanismos do amor.
Vamos lá.
O desejo sexual é potencializado pela dopamina, um neurohormônio produzido pelo hipotálamo que provoca a liberação de testosterona, hormônio que desperta o desejo sexual. O amor é uma sensação de união que é reforçada pela presença de ocitocina, que é sintetizada no hipotálamo e secretada no sangue pela pituitária. Em mulheres, a ocitocina estimula as contrações do parto, lactação e amor maternal. Tanto em homens quanto em mulheres esta aumenta durante o sexo e explode durante o orgasmo, tendo influência na união do casal.
Existe amor ? Ou será só instinto ?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Nada além de nada...

Tentar em vão se inferiorizar por meio de motivos abstratos tão generalizados quanto qualquer idéia que nunca se explicou e enfurecer-se por não conseguir assim depreciar-se de forma à parecer convincente o suficiente pra que ninguém refute argumento tão bem estudado que por meio de evidencias, pra você, se tornou verdade absoluta, deve ser considerado do mesmo ponto de vista a que se considera a escolha da cor de uma casa, pura besteira. Conforme todas as verdades hoje existentes porquanto todas levam a ermetismos redundantes, todos os meios de argumentação devem ser tidos como mera consequência de alto grau de intelectualidade utilizados única e simplesmente em meio à reuniões que tenham como comum objetivo o uso da razão.
Após observações necessárias percebe-se a não-necessariedade de tão pensados argumentos que numa qualquer acrópole igualaria-te aos deuses da loucura grega. De certa forma por mais que se deseje pensar o contrário, a ignorância, rainha que reina livre no mundo moderno, detém uma certa tendência à argumentos inúteis porém convicentes a quem não os conhece principalmente se adornados por palavras seculares e primitivas que inganam e encantam até o mais esperto entre os que a ela atentam.
Seguindo padrões cada vez menos eficázes ditados por incondicionalidades ou instigada por inquietaçoes constantes de procura e elevação, a razão mostra-se-nos inibida por sombras que trivalmente lhe ofusca os olhos levando a apelar à seu pior inimigo, o sentimentalismo. Após inúmeras tentativas que em uníssono demonstraram a superioridade racional, o cansaço flagela sem cessar levando novamente os seres em questão ao estado primitivo, o que se faz desacreditar de qualquer argumentação que venha em favor do fato descutido.
Embora toda essa discussão não vos tenha levado a nada, tentar-se-á com muito custo entender tão banal tentativa de demonstrar-lhes nada além da estupidificação generalizada de nosso tempo. Ademais, nada relacionado a tal argumentação despertará tão grande atenção àqueles que lerem, contudo, qualquer frivolidade é bem vinda em momentos de total desesperança...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Por enquanto...

Enquanto houver domínio... haverá dor
Enquanto houver discriminação... haverá silêncio
Enquanto houver ensaios... haverão idéias
Enquanto houver ligações... haverão encontros
Enquanto houver ócio... haverá criação
Enquanto houver comida... haverá fome
Enquanto houver egemonia... haverá controle
Enquanto houver economia... haverá acúmulo
Enquanto houver sensação... haverá contato
Enquanto houver dúvida... haverá beleza
Enquanto houver sensibilidade... haverá música
Enquanto houver crise... haverá superação
Enquanto houver visão... haverá futuro...

sábado, 23 de fevereiro de 2008

I don't can cry

Saber chorar parece tão facíl.
Pra quem sinta dor.
Pra uma criança qualquer.
O pior é que o certo não é saber chorar.
Choramos por necessidades, motivos multiplos.
Infelismente eu carrego comigo todos os motivos.
Não é que eu não sei.
É "só" que eu não consigo.
Um "só" tão profano.
Tudo emudece.
Simplismente : O sol não tem cor quando se estica em dia nublado e não me colore nenhum ponto de vista. Simplesmente fura o bloqueio das nuvens e caminha na claridade, ignorando a ausência de chuva.
É quando padecem de indigência os líquidos - esvaziados até de um simples pingo - e a saudade é o único rumor que se ouve nas conchas.
As ilhas Cagarras - rochas leais ao estado de pedra - coroam um mar impassível que, na praia, é íntimo de palmeiras que ondeiam, aquecendo memórias e desejos.
Não há plantações na beira do morro Dois Irmãos, entretanto a relva que recobre a areia exubera intensa fertilidade, numa linguagem varrida de palavras.
Talvez um ar assim, por demais corrompido de lugares comuns, termine por deflorar círculos viciosos; talvez eu venha a colher da brisa um tempo que corra mais célere; talvez eu precise exercer o dizer profano num verbo qualquer, ainda que abreviado da poesia que me silencia os sentidos.
É uma época hábil em parênteses chuvosos, cinza digital a ocupar - em humidades ligeiras - a lentidão das horas ressecadas.
As lagrimas não caem.
Talvez o céu chore por mim.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Antes havia o interesse... hoje há mágua
Antes havia a noção... hoje há abstração
Antes havia o amor... hoje há controle social pela idéia do mesmo
Antes haviam guerras... hoje há egemonia
Antes havia a honra ... hoje há bombas de destruição em massa
Antes havia música... hoje há desespero
Antes havia paz... hoje há filmes violentos ganhando prêmios
Antes havia rebeldia... hoje há apatia
Antes havia... hoje há...
Eu falaria de otimismo...se otimista fosse.
Eu falaria de anarquia...se anarquista fosse.
Eu falaria de matemática... se a compreendesse.
Eu vomitaria poemas... se poeta fosse.
Eu falaria de música... se não fosse um músico medíocre desesperado por atenção.
Eu falaria de computadores... se pelos mesmos me interessasse.
Eu falaria de amor... se sensibilidade tivesse.
Eu falaria de partículas atômicas concentradas no vácuo do espaço e tempo... se louco fosse.
Eu falaria de mim mesmo... se seguisse as idéias de Sócrates.
Eu falaria de sofrimento... se entendesse Nietzsche.
Eu falaria de loucura... se Roterdã com seu elogio já não a tivesse descrito tão bem.
Eu falaria de livre arbítrio... se o mesmo existisse.
Eu falaria de cegueira... se conhecesse melhor as pessoas.
Eu falaria de ação... se uma reação igual ou contrária imediatamente não me surpreendesse.
Eu falaria de tudo... se ao emudecer conseguisse ser algo além de nada...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Sei lá

Eu sou a torneira que pinga, o pé que escorrega, a mão que castiga, o abraço que leva, a flor do jardim, o mau que te cega , lembrança oprimida ao longo da vida, que depois se encerra, e volto a terra.
Tudo começou quando o filho morria de vergonha, porque seu pai era palhaço de um circo sem futuro...
E ele cresceu sem dizer as amigos onde o pai trabalhava...
Cresceu, mas com uma vida muito amargurada.
Formou-se...
Mas um certo dia recebe a noticia que seu pai está no leito de morte.
Ele corre, entra no quarto, tira a gravata, tira o palitó, se ajoelha e diz :
Pai me ensina a ser Palhaço....
Pai me ensina a ser Palhaço...

E o pai lhe responde :

ISSO NÃO SE ENSINA SEU BOSTA

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Faça acontecer, que eu faço valer a pena.

Pensamentos de macaco.
Ideais descomunais.
Num desnexo sintônico.
Somos meros animais.

Continua...

Você é "nada"...

Você olha a sua volta...
Você tem tudo o que quer.
Sua vaidade fala alto.
Seus desejos de mulher.

Você vê o mundo em chamas.
Mas nunca corre atráz.
Não se preocupa nenhum pouco,
Com o seu peido, com o seu gaz.

Você vem contribuindo.
Com nosso efeito estufa.
Coma pouco e enrrosque,
Uma rolha na sua bufa.

Suas roupinhas de grife.
Seu sapatinho cliche.
Tudo mais importante,
Do que seu eu, do que você.

Mundo moderno melhore.

Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicômio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio -- maior maldade mundial.

Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matumbo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.

Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, marafonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas.

Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, mercedes, motorista, mãos... Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meiágua, menos, marquise.

Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.

O Homem nú .

Caminha solitário, cabisbaicho.
Não sabe se está triste, não sabe o que é tristesa.
Não sabe se está feliz, não sabe o que é alegria.
Não espressa qualquer sentimento.
Incessante, insistente, caminha...
Pés descalsos, pele nua.
Não tem fome, não tem sede.
É só um homem.
Um homem nú.
Sem rumo.
Sem caminho.
Um homem.
Sem preocupar com nada.
Sem conhecimento.
Sem responsabilidades.
Encontra a macieira carregada.
Frutos vermelhos.
Sangue.
O homem morde o fruto.
Sente o sabor.
O pecado já foi cometido.
É agora outro bicho.
Qualquer outro animal.
Imundo.
Impuro.
Este homem, não é mais um homem.

Balão de gás

Pra que sorrir, se na verdade eu devo chorar
Pra que me iludir, se sei que nada, nada vai mudar
Por que dormir, num apartamento e não se preocupar
Se tudo sera mais cruel quando o sol vier me acordar

Quando a janela se abrir, e voce sentir a falta de ar
Por que então se reprimir, o pulo é a sorte o arrependimento é o azar
Tudo está agora na sua frente e sua mente já não te perturba mais.

Não há como remediar, uma tragédia é uma comédia sem leis
E o que você fez, algo que agora não quer mais pensar
Então se lembrou, de todos aqueles que para trás deixou
Um erro cruel, matou-se mas não só a si matou

Quando a janela se abriu, sentiu aquela falta de ar
Dessa vez não se reprimiu, para a vontade de voar
Tudo que estava a sua frente já não lhe confunde mais!
Fugiu em seu pequeno balão de gás.

É cedo ainda...

Ninguém compreende
Um futuro tão distante
A insonia desse mundo
Capitalismo incessante.

Nunca vão entender
Os motivos e razões
Dessa nossa rebeldia
Dessas nossas maldições.

Caminhando sempre avante
Escrevendo sem parar
Espressando as ideias
Sem sequer se preocupar.

Chula democracia
Que eu sempre adimirei
Nunca vai ser perfeita
Comandada por um rei.

Não pode dizer o que pensa
Não pode falar sem pensar
Não se pode ser honesto
Ou querer se libertar.

Tudo te cerca
Tudo rotula
Olhos abertos
Sentimento de culpa.

E então o que fazer ?
Talvez se matar ? Sem fraquesas.
Melhor esquecer.
Melhor se trancar.

Não mude o mundo

Querer mudar o mundo, essa será sua vergonha
Esquecer-se de si mesmo é o mérito
Assim pensa o milho sobre a pamonha

Por que esforço, sem gratificação
Se você vê um fodido toda manhã
Coloque a corda no pescoço e seja egoísta
Não existe céu, existe a igreja batista

Não discordar é o que importa,
Pois quem descobre tudo, o nada encontra

Bolsos cheios de coisas,
Cabeças cheias de carne,

"Querer" mudar o mundo, essa será sua vida
O espelho mostrará seus restos,
Seus olhos, um pacote de batata frita.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Armagedon

Por Helio Baragatti Neto

Todas as mensagens já foram enviadas,
Todas as palavras já foram proferidas,
Todas as mentiras já foram contadas,
Todas as verdades já foram concebidas.

Todas as letras já foram compostas,
Todas as canções já foram cantadas,
Todas as soluções já foram propostas,
Toas as histórias já foram narradas.

Todos os ideais já foram proclamados,
Todos os textos já foram escritos,
Todos os poemas já foram declamados,
Todos os provérbios ja foram ditos.

Todos os livros já foram publicados,
Todas as paisagens já foram declamados,
Todos os discos já foram lançados,
Todas as teorias já foram estudadas.

Todas as mazelas já foram denunciadas,
Todas dúvidas já foram esclarecidas,
Todas as novidades já estão ultrapassadas,
Todas as transgressões já foram cometidas.

Todas as distâncias já foram encurtadas,
Todos os abismos já foram superados,
Toda a anarquia já foi instituída,
Todos os mares já foram navegados.

Todos os planetas já foram descobertos,
Todas as geleiras já foram foram derretidas,
Todos os escândalos já foram encobertos,
Todas as virtudes já foram esquecidas.

Todas as guerras já foram declaradas,
Todos os acordos já foram assinados,
Todas as memórias já foram sepultadas,
Todos os povos já foram escravizados.

Todas as instituições já foram corrompidas,
Todos os crimes já foram perdoados,
Toda crueldade já foi instituída,
Todos os martírios já foram experimentados.

Todas as leis já foram infringidas,
Todas as violências já foram praticadas,
Todas as ciências já foram desmentidas,
Todas as culturas já foram dizimadas.

Toda intolerância já se tornou rotina,
Todos os preconceitos já estão enraizados,
Toda injustiça impera na surdina,
Todos os inocentes já foram condenados.

Todas as notícias já foram manipuladas,
Toda liberdade já foi destruida,
Todas as vozes já foram silenciadas,
Toda a esperança já foi perdida.

Toda a natureza já foi devastada,
Todas as espécies já foram extintas,
Todas as florestas já foram desmatadas,
Pinta-se um mundo envolto em obscuras tintas.

O que era subliminar tornou-se claro,
Agoniza o amor em todos os corações,
O sonho de mudança é cada vez mais raro,
Os homens matam Deus com suas ações.

E o que resta à humanidade,
Além de inércia e mediocridade ?
Carregar o peso de suas culpas,
Pois, como o mundo, acabaram-se-lhes as disculpas.

Vozes

Por Helio Baragatti Neto

Vivo a vida ouvindo vozes,
Vozes vindo em convulsão,
Vozes novas, vozes velhas,
Vozes vis vagando em vão.

Suaves vozes, vozes virgens,
Vestes alvas nos varais,
Vão-se e voltam em vertigens,
Das varandas vicinais.

Vozes vagas, vacilantes,
Vozes verdes da verdade,
Vizes vivas, vicejantes,
Vertam versos à vontade!

Vinde ouvir a voz do vento!
Vinde ver seu vasto véu!
Leve é a vida em movimento,
Leva a vela avante ao léu.

Vejo um verso evanecente,
Volitando na avenida,
Do universo, livremente,
Voa verso! Vai-te à vida !

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Não, a vida não é somente uma frustração...

Velho ancião da montanha !
Pra que pensar que vamos nos frustrar...
Que tudo vai dar errado.
Que tudo vai acabar ?

Pra vida há um propósito.
Pra isso não há negação.
O proposito simples da vida.
Se resume na EVOLUÇÃO.

É a simples chave de tudo.
Que resume tanta questionação.
Do melhoramento de tudo.
Pra chegar a perfeição.

Cada ação, cada ideia.
Tudo o que podemos saber.
É um processo lento.
Mas um dia você vai entender.

Ó grande ancião da montanha !
Não faça força pra sofrer.
Não tente entender a vida.
Porque a vida não entende você.

To be Continue...

Parnaso

Como um poeta morto, poderia entender tanta confusão ?
Os sinos soando alto, tantos fiéis, a multidão.
O poeta morto nunca procurou um caminho...
Sempre seguiu seu destino sem saber aonde ia dar...
O poeta morto não se preocupou com o amanhã...
O poeta morto jamais foi esquecido...
Pobres seres irracionais, mais de certa forma pensam, até que são legais...
Rimam o banal, fazem o que pra eles é normal.


Continua no proximo episódeo...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Pensar que pensa é um bom modo de desenvolver o pensamento

Às vezes quando se pensa que é intectual tudo se torna por um
momento claro, tão belo como a luz do dia, transparente como o mais valioso
cristal que reluz forte quase ao ponto de cegar mas que deixa as mais
belas sequelas "óticas-morais" da vida.
Percebe-se então que tudo não passa de vagas interpretações do que
um dia foi realmente pensado pelo verdadeiro espírito-livre que o pensou.
Encarar a própria mediocridade realmente não é fácil.
Faz seu cérebro estagnar, tanto que, desde de que me dei com tal
pensamento não consigo fazer minhas velhas conjecturas imbecis mas
que pareciam a mim, seu criador, tão inteligentes. Onde está minha
facilidade pra escrever pequenas músicas engraçadas, meus momentos
de criação fortuitos?...
Chego hoje a pensar que tudo que cheguei a produzir foi puramente
psicológico. Retorno em minhas poucas lembranças e vejo que isso é
bem possível. Lembro-me que quando assistia Rambo ficava um dia
inteiro sem sorrir e fazendo muitas flexões e abdominais apenas porque
Rambo fazia. Tudo sempre me afetou de uma forma estranha.
Minhas influências me levaram a achar que penso...
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Sinto uma imensa vontade de gritar.
Pena ser eu um covarde...
Pelo menos essa foi uma das melhores fases que já tive.
Lembro de minha felicidade quando via que alguém, após ler,
gostava de um texto meu.
Agora tudo já passou...
Maldito psicológico...
Invejo os seres que não têm a capacidade mental de pensar...

O ser titubeia

  Nunca devemos supor que o outro tenha sempre algo sábio e bem pensado a dizer, às vezes o ser se esquece do objetivo da fala durante a prá...