quarta-feira, 7 de maio de 2008

Eureka!

Pensando o mundo antes do advento de qualquer meio de linguagem com fins de comunicação, percebe-se uma certa ambiguidade na discussão do homem como bom ou ruim naturalmente. Explico.
A partir da linguagem se limitou as noções do mundo. Milhares de plantas gigantes, se limitaram a "árvore", denominação pra tudo que se parecesse àquela coisa grande com "folhas"verdes. Se antes o homem matava era pra sobreviver, como qualquer outro animal que lutava por seu espaço e longevidade. Agia totalmente por seus instintos. Onde espero chegar com essa explicação? Perguntarão os que lerem tal pensamento.
As noções de bem e mal, são criadas pelos costumes vigentes em cada sociedade. Antes da criação das civilazações, como não eram necessárias noções e especificações, não importavam os meios utilizados pelo homem em sua alimentação ou convivência com a natureza."O homem é naturalmente bom, porém a sociedade o corrompe"(Jean-Jacques Rosseau: A origem da desigualdade entre os homens). Esse pensamento de Rosseau, observando agora por esse viés, não é totalmente insensato. O homem, dependendo das regras impostas pela constituição de um determinado local, sabe, por meio dos costumes, o que é bom e o que é ruim. Portanto, cabe a ele escolher. Não sei se fui claro, mas o homem, sendo capaz de discernir entre uma coisa e outra, dádiva conseguida por meio da linguagem e consequentemente socialização, não é bom nem ruim naturalmente, apenas individualista ou socialista dependendo da situação ou sistema.
Resumidamente, o que corrompe o indivíduo não é a sociedade em si, mas a sociedade com regras específicas nela seguidas. Se a sociedade é socialista, naturalmente a tendência é efetuar atitudes sociais, de bem ao próximo, se bem se entendeu a proposta do sistema. Agora, acompanhem meu pensamento: Por que essa discussão surgiu juntamente com o sistema capitalista, no século XVI? Obviamente, porque o capitalismo impõe a seus seguidores o individualismo, o enriquecimento próprio a qualquer custo, levando assim a crer que o homem, só se importando, a partir desse momento, consigo mesmo, é ruim.
O equilíbrio humano na natureza é evidente. Ninguém pode ser ruim, se não conhece tal expressão. É, o que a natureza pede, pois nela é apenas um animal.
Desculpem se passo certo dualismo em minha idéia, não querendo nem me pôr de um lado nem de outro, agindo como um apaziguador de nervos. Mas, conheça pessoas como as que conheço, e passe a acreditar na capacidade humana de escolher a bondade. O homem escolhe o que é, e isso é fato! Você sabe que enquanto se enriquece, empobrece alguém, numa medida igual e justa, como dita o capitalismo. Se faz isso, escolhe portanto prejudicar alguém, ou seja, escolhe o "mal". Se luta pela igualdade, luta pelo "bem" dos outros.
Somos seres inteligentes e aptos a nos guiar. Criamos linguagens pra denominar coisas, e acabamos por tropeçar em nossa criação, nos perdendo, cegos, apalpando as paredes da abstração, pra encontrar no fim uma luz. Mas é tarde, pois em meio a tantas abstrações, já perdidos e desnorteados, não conseguimos criar a saída, há muito tempo perdida. Tantos pensamentos, tanto dualismo, pra nada senão a cegueira.
Enfim, é isso. Espero ter sido claro, embora cego, em minha argumentação. Gostaria de ter mais espaço pra melhor exemplicar minha idéia, mas qualquer texto já enche o pensamente de macaco e acaba por deixá-lo enfadonho. A objetividade, que se espera em qualquer texto hoje, não consigo ter.
Mundo apressado. Um dia há de tropeçar em suas próprias pernas.

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