quinta-feira, 26 de junho de 2008

IMPRODUTIVISMO

Veio a mim dentro de um sonho,

Tantas horas acordado cultivando o ócio,

Nem todos são quem precisam ser

Todas essas palavras que nós não podemos resgatar

Como a grande magia de nosso mundo

Confirmada por essas palavras

Dividem planetas em terços

Por todas as folhas que caem em vão

Enquanto Deus tão ocupado se enlouquece

Esse ócio continua sendo cultivado

Todas essas palavras em seu domínio

Os relógios matam o tempo como os livros lidos

Sem querer nós sangramos

Lutando pelo que nos enganamos

Me deixem sozinho

Só agora é perceptível que coisas tão tolas tem perturbado tanto.

Me deixem só.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Texto velho e quente, a frieza de hoje, nem eu quero ler

Toda aquela historia de ser bom ou ruim, hoje sabe, nada valeu, mas de
Toda sua vida, noites mal dormidas, nunca se arrependeu.
Todos os seus sonhos, pequenos desenganos, nunca o ajudaram a sorrir
E por muito tempo se perdeu, indeciso, procurando o menos amargo elixir
O presente que lhe deram, é um dos futuros que seria seu
Mas muitos foram embrulhados, e ninguém conseguiu abrir
Chegou a se sentir desanimado, mas num piscar de olhos tudo clareou
Se manteve acordado e sem ser coroado, de si se orgulhou.
Não iria mais viver a esperar o futuro, ou o presente nunca seria seu
Despiu-se de suas falsas verdades com orgulho, até então nao se arrependeu.

Quando esteve perto do nada é que percebeu tudo que tinha, percebeu que os
Sonhos as vezes não precisam ser sonhados, podem ser vividos, basta perceber,
É impressionantes perceber o quanto damos valor ao nosso futuro individual,
Até ontem eu estava preso e hoje estou me achando um imbecil, como não percebi
isso antes, tudo está aqui, e não é estagnação aproveitar a situação, vivia
em busca de algo que ainda almejo, mas a forma com a qual lutava somente
me levaria a desilusão, espero que desta vez esteja certo, é incrivel ver as
coisas com novos olhos, acho que estou ficando velho, só pode ser.

Não trocarei tudo por nada, preciso de alguém que acredito precisar de mim,
temos tanto tempo! Eu que há tanto penso sobre a liberdade abandonei mais uma ilusão, e como demorei, ARRRRRRRRRRR!!! perdido em um dia de domingo a esperar a tristeza da segunda, por indução matématica da pra notar que nunca chegaria a lugar algum.
Eu tenho voce, meus pais, minhas irmas, o pite; amigos.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Segredos


Todo poeta se preocupa com a forma pelo qual o seu poema será lido e entendido.

Se preocupa se vai acrescentar algo à alma complexa do seu leitor.

Se o leitor lerá com olhos laminados, ou se lerá como se lê uma receita de bolo.

Se haverá ali naquelas linhas tortas o que é assombroso, ou tranqüilizante, tão sereno e chato que o faça sentir sono.

Queria escrever algo que causasse pesadelos, não o sei escrever. Meu “bom senso” nessas horas sempre se faz sujo pra que eu não tenha a consciência limpa. É melhor nem tentar.

Pura tolice.

E ainda pensam que eu quero sangue, que eu quero o mal, que eu seja o mal em pessoa, só porque viajo um pouco na maionese, por ser as vezes sínico e me fingir de louco. Talvez eu seja mesmo um louco, talvez por não medir minhas palavras, por vezes não pensar antes de abrir a maldita boca, e botar essa língua fatigada e mortal pra dançar.

Eu aposto que o que todo mundo procura são homens bons. Sábios, honestos, corretos.

A verdade é que não salva ninguém. Todo mundo querendo ser perfeito, todo mundo querendo ser bom, mas sempre tentando ser melhor que o outro, ser melhor que o outro já basta na maioria dos casos, uma competição lastimável. Todo mundo tem embutido em si desejos obscuros, tão ocultos que nem mesmo eles sabem, uma hora a ficha cai. A verdade é que dentro de cada craniozinho os miolos uma hora se corrompem e são por instantes vermes inoculados enlouquentes.

Se você me contasse seus segredos mais obscuros, deixariam de ser seus, e deixariam de ser segredos, e deixariam de ser obscuros. É importante serem guardados a sete chaves, são sua arte, te completam e o tornam único. Não se preocupe com sua aparência, ela não te detem a nenhuma classe, e seu chase não favorece na sua captura.

Já faz tempo. Faz mesmo muito tempo, não tenho preocupado mas em sorrir. Nem me preocupo mais em entender ou não a piada, nem na essência dela.

“Dois frangos voavam no céu azul, o primeiro vira pro outro e diz: Cara... Frangos não voam, e imediatamente cai e morre, e o outro continua voando.Porque ele continua voando ? R: Porque ele era um frango à passarinho.”

E o meu riso rasga o silencio, e o silencio é tudo que eu quero, e o silencio é abafado com o meu riso. E de tanto rir vem o soluço, e de tanto soluçar vem o choro, soluçando e chorando vem o desespero, e no desespero sai o grito, e o grito rompe o meu precioso silêncio. Sozinho em casa assistindo o céu chorar também, o céu também dá o seu grito, o seu trovão me assusta e tudo aquilo:

- O silencio, o riso, o soluço, o choro, o grito vão se embora.

As estrelas cobertas pelas nuvens de chuva. O que estariam pensando cada uma delas ?

A lua calada resguardada no seu silêncio, ainda guarda consigo seus segredos loucos e seus desejos mais obscuros.

- Será que saturno me dará um de seus anéis quando me pedir em noivado ?

- Será que ele me pedirá em noivado ?

- Quando ele me pedirá em noivado ?

- Vai demorar muito ?

- Ai meu DEUS !

- Aí! Eu não sei, será que ele me acha fútil ?

O ser titubeia

  Nunca devemos supor que o outro tenha sempre algo sábio e bem pensado a dizer, às vezes o ser se esquece do objetivo da fala durante a prá...