Os tempos estão envelhecendo comigo.
Idealizações e paixões simples,
Tudo se perde ao envelhecer.
O amor é mais bonito na ingenuidade de quem nunca sofreu,
A possibilidade é amável e espantosamente encantadora sem decepções,
Os sonhos são infindáveis e a força imensurável sem fracassos.
Mas acredite!
"A juventude é ingênua", é isso que os velhos murmuram em seus cantos
"A juventude ainda não entendeu", é do que os velhos se convencem.
As certezas são ingênuas na ignorância.
O encanto sem propósito, contra a auto-suficiência do impropósito.
E não é mais só o tempo que nos tira a juventude,
Nos tira a juventude tudo que nos tira a esperança,
Nos tira a juventude tudo que nos impede de sonhar,
De crer que é possível, de que há saída, de que tudo ficará bem...
Ah, o otimismo!
Aquele otimismo recém descoberto,
Que nos transforma em seres humanos,
Que nos pemite a auto-descoberta da individualidade.
Esse otimismo morre aos poucos,
Morre a cada encontro com uma realidade construída e dominada,
A cada encontro com indivíduos construídos e controlados.
Morre...
Os humanos racionais estão "compartilhando" o óbvio com o dedo indicador
Enquanto os intelectuais do dia a dia estão ocupados esbravejando sua importância, sedentos por respeito: sem encontrar.