Das várias coisas que digito no computador,
Algumas sem indícios, algumas sem pudor,
Algumas vem do vício, algumas vem da dor,
Que não sinto.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Ser humano, seja humano
Ser humano é passar os anos a ridicularizar a vida,
É admirar a cicatriz e odiar a ferida.
"- Que desgraça de cicatriz é essa na sua perna?"
E eu sei,
É um projeto tolo usar parte para entender o todo!
Ser humano é passar os anos a idealizar a vida,
É sonhar com o início de mais uma despedida,
É ter certeza da incerteza e ser incapaz de desconcertar.
"- Homem que é homem não hesita, passa o rodo!"
É duvidar do que se aprende e confiar no esquecido,
Para em seguida, indignado e corrompido, praguejar más sortes ao azar.
"- Deus escreve na testa com linhas hipócritas"
E eu já não sei,
Parece ser tolo usar parte para entender o todo,
"- Será que eu sou o único a achar que não sou o único a achar nada?"
Ô ser o mano.
É admirar a cicatriz e odiar a ferida.
"- Que desgraça de cicatriz é essa na sua perna?"
E eu sei,
É um projeto tolo usar parte para entender o todo!
Ser humano é passar os anos a idealizar a vida,
É sonhar com o início de mais uma despedida,
É ter certeza da incerteza e ser incapaz de desconcertar.
"- Homem que é homem não hesita, passa o rodo!"
É duvidar do que se aprende e confiar no esquecido,
Para em seguida, indignado e corrompido, praguejar más sortes ao azar.
"- Deus escreve na testa com linhas hipócritas"
E eu já não sei,
Parece ser tolo usar parte para entender o todo,
"- Será que eu sou o único a achar que não sou o único a achar nada?"
Ô ser o mano.
domingo, 7 de maio de 2017
O homem unidimensional
O homem unidimensional acredita tudo saber. Olha para frente, olha para trás, e sem mais opções: "Me sinto bem posicionado, segundo ou terceiro, no máximo. Pobre coitado esse que está atrás de mim".
O homem unidimensional se posiciona na unidimensionalidade, não especula e não desconfia: "Se algo me é invisível, estou certo é inexistente.", ou, em vezes, "se a direita é o novo pra frente, à esquerda só sobra o pra trás".
E até mesmo um simples ser, abstêmio de qualquer condecoração no passado, desprovido de um posto avançado, com um passo de formiga ao lado, perceberá que há algo errado em viver em tão poucas dimensões.
O homem unidimensional se posiciona na unidimensionalidade, não especula e não desconfia: "Se algo me é invisível, estou certo é inexistente.", ou, em vezes, "se a direita é o novo pra frente, à esquerda só sobra o pra trás".
E até mesmo um simples ser, abstêmio de qualquer condecoração no passado, desprovido de um posto avançado, com um passo de formiga ao lado, perceberá que há algo errado em viver em tão poucas dimensões.
segunda-feira, 27 de março de 2017
al·ve·jar
1.tornar alvo ou branco; branquear, branquejar,
2.atingir com pedra, bala, flecha etc.;
Alvejar1 a cidade, alvejando2 a favela?
2.atingir com pedra, bala, flecha etc.;
Alvejar1 a cidade, alvejando2 a favela?
quarta-feira, 22 de março de 2017
Seja real.
Escrevo um nada por vez,
Por vezes eu penso, em nadar na estupidez
Dez gramas, ou menos,
Se mais, não tenho, nem quero
Só quero não más,
Desejo, só vejo,
Memórias de um trago, de ar
De vida, nas idas
Que linda beleza interior, que não vejo
Que linda ilusão que eu crio
Para enganar-me
Sou sincero, como um sorriso amarelo,
Como submarinoyellow
Como todos mais.
Acreditem, não sou seu,
Idealizem, não serei,
Sou inerte, sou pobre
Sou verde, sou podre,
Mas não fingirei.
Aos que fingem, parabéns,
Aos demais digo amém.
Sobra pouco pra crer,
Daqueles que acreditei,
Sobra pouco pra ser,
Só vejo muitos a dever, no ser real.
Por vezes eu penso, em nadar na estupidez
Dez gramas, ou menos,
Se mais, não tenho, nem quero
Só quero não más,
Desejo, só vejo,
Memórias de um trago, de ar
De vida, nas idas
Que linda beleza interior, que não vejo
Que linda ilusão que eu crio
Para enganar-me
Sou sincero, como um sorriso amarelo,
Como submarinoyellow
Como todos mais.
Acreditem, não sou seu,
Idealizem, não serei,
Sou inerte, sou pobre
Sou verde, sou podre,
Mas não fingirei.
Aos que fingem, parabéns,
Aos demais digo amém.
Sobra pouco pra crer,
Daqueles que acreditei,
Sobra pouco pra ser,
Só vejo muitos a dever, no ser real.
Semente
Naquela época,
Você não sorria, você não sofria,
Era um e nada mais.
Hoje, encontra outro dia,
Mas de barriga ainda vazia, a alma se anuvia,
Noutro casulo incolor.
Em conselhos:
Bendita na vida é a lição.
Se não mente na mente,
Semente no coração.
Você não sorria, você não sofria,
Era um e nada mais.
Hoje, encontra outro dia,
Mas de barriga ainda vazia, a alma se anuvia,
Noutro casulo incolor.
Em conselhos:
Bendita na vida é a lição.
Se não mente na mente,
Semente no coração.
Vacilos
Vacila-se uma vez sem querer,
Outra vez a pouco importar.
Mas se de repente nota-se o custo da importação,
O produto já não tem devolução,
Tornou-se um vacilão!
Outra vez a pouco importar.
Mas se de repente nota-se o custo da importação,
O produto já não tem devolução,
Tornou-se um vacilão!
terça-feira, 21 de março de 2017
Sentimentos
Sentimento é um quarto mal arrumado,
Um banheiro sujo,
A calvície sob o boné,
A baixa auto-confiança enterrada sob o silêncio,
O maconheiro que volta do passeio,
O vômito no banheiro do bar,
O nariz insensível, aspirante e denunciador,
O olhar que foge e não sabe onde ir,
As personagens secretas de nós mesmos,
Sentimento é tudo aquilo que esconde-se mal.
Perceptível, brilho aos olhos, textura, cheiro.
Frágil criatura, morre sempre na boca das mesmas palavras.
Um banheiro sujo,
A calvície sob o boné,
A baixa auto-confiança enterrada sob o silêncio,
O maconheiro que volta do passeio,
O vômito no banheiro do bar,
O nariz insensível, aspirante e denunciador,
O olhar que foge e não sabe onde ir,
As personagens secretas de nós mesmos,
Sentimento é tudo aquilo que esconde-se mal.
Perceptível, brilho aos olhos, textura, cheiro.
Frágil criatura, morre sempre na boca das mesmas palavras.
Um mero aspecto de ódio
Triscou o dedo pequeno em material rígido, pontiagudo,
Obscuro aspecto, no escuro da dor sem apoios para as mãos,
Chão frio, mente raivosa, sono fugitivo, humilhante.
Foda-se ou foder?
Há quem durma em plena dúvida?
Volto à cama com uma sede latejante.
Obscuro aspecto, no escuro da dor sem apoios para as mãos,
Chão frio, mente raivosa, sono fugitivo, humilhante.
Foda-se ou foder?
Há quem durma em plena dúvida?
Volto à cama com uma sede latejante.
Indelírio do verbo
Em tudo que sinto, há algo a nadar
Nado e crio nadas,
Há algo novo, e não delirante, em nadar,
Nasceu com a lembrança de água
Mas é apenas um verbo.
Um cidadão comum dentre os outros.
Um que apenas verbaliza,
Apesar da excentricidade,
Um fazedor de nadas.
Nado e crio nadas,
Há algo novo, e não delirante, em nadar,
Nasceu com a lembrança de água
Mas é apenas um verbo.
Um cidadão comum dentre os outros.
Um que apenas verbaliza,
Apesar da excentricidade,
Um fazedor de nadas.
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